Com o início
das chuvas no sertão começa também o melhor período para o plantio de
lavouras que vão garantir alimentação do rebanho no período de estiagem.
A palma forrageira é a base da alimentação volumosa para os rebanhos da região nordeste, aonde seu cultivo
vem sendo feito há quase dois séculos. Nas últimas décadas o sistema de
cultivo vem sendo estudado e modernizado, com introdução de novas
técnicas de plantio e utilização da planta. O Método
da divisão do cladódio, ou fatiamento da raquete possibilita a expansão
mais rápida da cactácea e com menor custo de implantação das lavouras.
O
Programa Sertão Empreendedor, desenvolvido na Paraíba pelo Senar,
aposta nessa tecnologia para promover o fortalecimento da pecuária de
leite nas regiões semiáridas. Neste mês de abril, todos os técnicos do
programa, juntamente com outros instrutores do Senar participaram do
minicurso “Propagação de Palma Forrageira Pelo Método da Divisão do
Cladódio”, ministrada no município de Lagoa Seca pelo pesquisador da
Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa-PB), Ailton
Melo.
Segundo
o coordenador estadual do programa, Jonhbel Paiva, a eficiência do
método está em multiplicar rapidamente a palma e proporcionar assim
material nutritivo aos animais dos produtores. “O ponto mais importante
deste método, de repartição da palma, é que com uma única raquete é
possível originar cerca de 30 novas”, explica.
Inicialmente,
o método secciona uma raquete em cerca de 30 pedaços e as replanta num
canteiro. Após um curto tempo de germinação é possível extrair novos
brotos e replantar a cactácea. “Quando fracionamos uma raquete e
replantamos esses pedaços, estamos clonando a palma e possibilitando
novos brotos. Ao fim de 45 dias o produtor tem 30 novas mudas para
plantar em campo e multiplicar ainda mais o cultivo da palma”, retoma
Jonhbel.
A
técnica agora será replicada aos produtores rurais participantes do
Sertão Empreendedor através dos instrutores do Senar-PB e dos técnicos
do programa. “Vamos levar a técnica até o nosso produtor, promovendo
mais uma opção para o plantio da palma a um baixo custo, já que existe
deficiência de semente para o plantio tradicional, e fornecendo uma
alternativa de alimentação do rebanho durante períodos de estiagem”,
finaliza o coordenador.
Eudete Petelinkar e/ou Luan Barbosa
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