Um
socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Praia
Grande, no litoral de São Paulo, passou por momentos de apreensão na
última semana. Alexandre Ribeiro soube de um acidente em que a própria
esposa se envolveu e foi o primeiro a socorrer a mulher, que havia
capotado o carro do casal.
O socorrista soube do acidente e se
dirigiu com uma equipe do SAMU para o local. “Ela sofreu o acidente e
ligou ainda dentro do carro. Só depois de algum tempo que ela conseguiu
sair pelo vidro de trás”, conta.
Desde o momento em que recebeu a
ligação, até chegar ao local do acidente, Alexandre conta que pensou em
acidentes em que já trabalhou e temeu pela vida da esposa. “Pensei
milhares de coisas. Na minha cabeça só vieram imagens de acidentes
horríveis. Confesso que, quando cheguei ao local, me bateu uma emoção
muito forte”.
Alexandre afirma que após encontrar a esposa e
prestar os primeiros socorros, ele chamou outra equipe para atender a
mulher. “Depois que a abracei e prestei os primeiros socorros, não
consegui mais trabalhar. Chamamos outra equipe para me substituir e nos
levar ao hospital”, relata.
Alexandre Ribeiro trabalha no SAMU há
quatro anos. Segundo o socorrista, ele nunca teve que socorrer
familiares em ocorrências. “Já recebi ligações de amigos para socorrer
os familiares deles, mas nunca parentes meus. Essa foi a primeira vez e
espero que seja a última”, diz.
A esposa de Alexandre, Aline
Oliveira, sofreu apenas escoriações leves, passou por exames e, agora,
precisa passar alguns dias em repouso.
G1
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