A notícia do resultado adverso do exame antidoping de Paolo Guerrero
caiu como uma bomba no Peru e no Flamengo. A substância encontrada na
amostra A do atleta (sempre são separados dois frascos de urina) é
benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína. Ainda não se sabe a
forma de contaminação.
Segundo especialistas, a substância aparece em exames antidoping não
somente por utilização da droga, mas também por ingestão de alguns chás
considerados medicinais. Muitos são utilizados em países como Peru e
Bolívia, por causa da altitude. O jogo em que Guerrero foi flagrado foi
contra a Argentina, em Buenos Aires, e ele estava com sintomas de gripe.
Pessoas próximas ao jogador garantem que ele não fez qualquer uso de drogas.
Quando ainda atuava pelo São Paulo, o ex-goleiro Zetti testou positivo
para a substância durante as eliminatórias para Copa do Mundo de 1994.
Ele alegou na época que havia bebido o ''chá de coca'' na Bolívia e foi
absolvido.
Será pedida uma contraprova do exame, e aí abrirão o frasco B da urina
do centroavante. Nesta sexta-feira, a Federação Peruana de Futebol
divulgou que foi notificada pela Fifa sobre a suspensão de 30 dias do
atleta.
A suspensão é válida para todos os jogos no período, ou seja, Guerrero
não poderá defender a seleção peruana na repescagem diante da Nova
Zelândia, marcada para os dias 11 e 16 de novembro (0h30 de Brasília), e
também o Flamengo nas semifinais da Copa Sul-Americana, contra o Junior
Barranquilla, da Colômbia, além dos compromissos pelo Campeonato
Brasileiro.
Em nota oficial, o Flamengo manifestou-se em apoio a Guerrero e disse
que o atleta "sempre teve conduta exemplar" e espera que "toda a questão
seja esclarecida o mais rápido possível".
Fonte: G1
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