Pela primeira vez em dez meses de guerra, o presidente da Rússia chamou a guerra na Ucrânia de guerra. “Nosso objetivo não é girar o volante do conflito militar, mas, ao contrário, acabar com esta guerra”, declarou o líder russo nesta sexta-feira, 23, a repórteres. Até então, Putin classificava o que acontece no Leste Europeu como ‘operação militar’ e em março, um mês após a invasão, assinou leis que preveem multas pesadas e penas de prisão por desacreditar ou espalhar “informações deliberadamente falsas” sobre as Forças Armadas, colocando as pessoas em risco de serem processadas se chamarem a guerra pelo nome. O desvio na fala do presidente gerou um pedido de investigação interna. Um político de São Petersburgo, Nikita Iuferev, pediu aos promotores que investiguem o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por usar a palavra “guerra” para descrever a Guerra na Ucrânia, acusando o chefe do Kremlin de violar sua própria lei. Porém, o conselheiro da oposição acredita que sua contestação legal não levaria a lugar nenhum, mas apresentou o pedido de investigação para expor o que ele chama de “falsidade” do sistema.
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