Uma das grandes lutas do deputado Manoel Junior (PMDB) junto ao Ministério da Saúde, em Brasília é tornar obrigatório o exame de oximetria, também conhecido, como o teste do coraçãozinho. O peemedebista encaminhou ao ministro Alexandre Padilha uma indicação (INC 2375/12) para tornar obrigatória a realização gratuita do exame em recém-nascidos.
O assunto ganhou repercussão nacional na manhã nesta terça-feira, 13, no Jornal Bom Dia Brasil, quando a Globo reconheceu a importância do teste do coraçãozinho que é capaz de detectar, se o bebê tem doença cardíaca.
Tanto a Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, quanto a Secretaria de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, já emitiu parecer favorável ao pedido de Manoel Junior. Segundo ele, a oximetria é um exame indolor, utilizado para medir os níveis de oxigênio no sangue. O procedimento deve ser realizado antes da alta hospitalar, para detectar a presença de cardiopatia congênita grave que coloca em risco a vida da criança.
A técnica além de contribuir para o diagnóstico precoce de problemas cardíacos auxilia ainda, na avaliação da eficácia de manobras de reanimação. “Sem sombra de dúvidas, a oximetria é de fundamental importância para todos os recém-nascidos e vai resultar em ganho para o sistema de saúde público como um todo”, postou Manoel Junior no twitter.
Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de cada 1.000 crianças nascidas vivas, uma média de oito apresentam algum tipo de cardiopatia congênita, necessitando de cuidados médicos específicos.
Foto: Arquivo: Manoel Junior discute com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a obrigatoriedade do exame.
Veja a reportagem:
Teste do coraçãozinho pode detectar se bebê tem doença cardíaca grave
Um aparelho mede a coloração do sangue e o resultado é normal quando fica acima de 95%. O exame é rápido, feito 24 horas após o nascimento.
Mais de 20 mil crianças nascem todo ano com problemas no coração, e o que pouca gente sabe é que já é possível fazer um diagnóstico nos primeiros minutos de vida. O teste é simples, mas infelizmente não está disponível para todo mundo ainda. Ele é oferecido de graça em algumas maternidades em todo o país.
Todo mundo conhece o teste do pezinho, mas também existe o teste do coraçãozinho. É um exame rápido, feito 24 horas após o nascimento. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor para a criança, dizem os médicos.
Segurança para a mãe e para o filho. Um exame que pode ser feito 24 horas depois do parto, ainda no hospital, aponta se está tudo bem com o coração do recém-nascido.
O teste do coraçãozinho é simples e rápido. Dura no máximo cinco minutos e pode detectar se o bebê nasceu com alguma doença cardíaca grave e, se for o caso, encaminhá-lo para tratamento o mais rapidamente possível.
Uma pulseirinha eletrônica é colocada na mão e depois no pé do bebê. Os dados são enviados para um aparelho que mede a coloração do sangue. Se o resultado ficar acima de 95%, não há problemas e o bebê tem alta.
“Tudo certo. Alívio, tranquila. Só curtir agora em casa”, diz Gislene Cristiana, demonstradora.
O teste já pode ser feito de graça na rede pública em algumas capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Em Brasília, nove dos 12 hospitais públicos também oferecem o serviço.
“Todo bebê que nasce, antes de receber alta faz esse teste. Nós sabemos que, em média, de uma a duas crianças em cada mil nascimentos vão apresentar uma cardiopatia dessas graves. E essas crianças vão ser beneficiadas”, declara Martha Vieira, coordenadora, neonatologista da Secretaria de Saúde – DF.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a realização do exame. “Várias doenças cardíacas na infância se manifestam de forma muito silenciosa nos primeiros dias. A equipe médica pode não detectar nenhum sinal, o bebê pode ir para casa aparentemente bem e após, no final da primeira semana, nos primeiros 15 dias de vida, essa criança manifesta quadro clínico muito grave. Infelizmente nessas situações o tratamento da doença já pode ser tardio e alguns bebês falecem sem conseguir um tratamento adequado”, diz Jorge Afiune, cardiologista pediátrico da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Quando o teste aponta uma doença, o bebê precisa fazer outro exame, o ecocardiograma, que vai identificar o tipo de problema e qual a gravidade.
Piancó News com assessoria
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