Entre janeiro e julho deste ano, as quatro maiores Prefeituras do Vale (Itaporanga, Piancó, Conceição e Coremas) movimentaram cerca de R$ 50,6 milhões, e a maior parte desse recurso foi para o pagamento de funcionários.
A Prefeitura de Piancó foi a que teve o maior movimento financeiro no período: R$ 15,4 milhões, mas a maior parte foi para o pagamento do funcionalismo municipal, que abocanhou cerca de R$ 10,1 milhões, ou seja, 65,5% de toda a despesa nos primeiros sete meses do ano foram com a folha de pessoal, que em julho somava 1.257 servidores. O gasto do município com pessoal está acima do limite estabelecido por lei.
Já Prefeitura de Itaporanga movimentou cerca de R$ 14,3 milhões de janeiro a julho. A maior despesa nesses sete meses iniciais da atual gestão também foi com o pagamento da folha de pessoal, que consumiu R$ 7,8 milhões, representando mais da metade de todo o gasto feito pela edilidade, mas ainda dentro do limite legal.
A terceira Prefeitura em movimento financeiro foi a de Conceição, cerca de R$ 11,7 milhões, e também gastou muito com pessoal: foram R$ 6,5 milhões. Já o montante movimentado pela Prefeitura de Coremas chegou a R$ 9,2 milhões, e seu gasto com funcionalismo foi bem inferior às demais, pouco mais de R$ 3 milhões.
O elevado gasto com pessoal compromete setores essenciais dos municípios, que deixam de receber investimento em face do inchaço da folha. Mesmo sabendo disso, muitos prefeitos aumentaram, a contragosto da lei, o número de servidores, e o que é pior: grande parte deles sem concurso público e ocupantes de cargos comissionados.
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