segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Crime e contradição: Piancó joga seu lixo no mato com um aterro sanitário dentro de casa

 O lixão de Piancó é um dos maiores e mais nocivos do Sertão. Acostado à cidade, ele afeta drasticamente a natureza, mas, principalmente, a saúde pública a partir da queixa residual, a contaminação dos recursos naturais e a proliferação de insetos e bichos.

O lixão tem anos e está localizado ao lado do Conjunto Mariz, cobrindo uma vasta área. Um problema que se expande e se agrava cada vez mais pela grande quantidade de resíduos que é depositada no local diariamente. As diversas atividades urbanas geram todos os dias toneladas de rejeito, que termina ilegalmente no meio ambiente.

O acúmulo de resíduos orgânicos e inorgânicos prejudica toda a cidade, e afeta mais diretamente as centenas de famílias que moram nas proximidades. “Aqui é o maior sofrimento: a fumaça é terrível, o vento também espalha lixo por tudo o quanto é canto, a gente vive doente, mas entra prefeito e sai prefeito e nada é resolvido, e esses vereadores daqui também só sabem prometer”, lamentou uma moradora. Além da contaminação do solo e subsolo, a água superficial também é afetada, uma vez que, quando chove, grande parte dos rejeitos ou substancias químicas oriundas deles terminam dentro de reservatório e rio.


E, ao mesmo tempo que é grave, o problema do lixão de Piancó é fácil de ser resolvido, faltando apenas vontade política e responsabilidade ambiental da Prefeitura e legislativo: fácil porque existe hoje dentro próprio do território municipal um aterro sanitário particular funcionando legalmente e com capacidade para absolver resíduos de uma população de 80 mil pessoas, cinco vezes mais a quantidade de habitantes de Piancó. O gasto com o aterro compensa e é justificado pelo custo altíssimo que que a deposição irregular de lixo acarreta hoje ao meio ambiente e à saúde da população.

Cidades distantes, a exemplo de Curral Velho, Aguiar e Pedra Branca já depositam seus resíduos no aterro sanitário de Piancó e se adequaram à lei ambiental, enquanto a própria Prefeitura piancoense, com o aterro dentro de casa, continua jogando o seu lixo na natureza, mas com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, a partir do próximo ano, o lixão poderá render ao município e ao próprio prefeito graves penalidades.

Por Redação da Folha do vali

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