Em sua primeira atividade como cabeça de chapa do PSB, a candidata Marina Silva
abandonou o tom cordato com que sempre se manifesta e partiu para cima
dos adversários, em especial da presidente Dilma Rousseff (PT).
Marina escolheu para o ato inaugural de sua campanha a cidade de Recife,
terra de seu ex-companheiro Eduardo Campos, morto na semana passada.
Ela realizou caminhada no bairro Casa Amarela, e na hora de discursar
não segurou a língua.
— Se a Dilma ganhar a eleição, vai achar que foi porque o partido dela é
grande, porque negociou com os aliados ministérios e conseguiu muito
tempo de televisão. Vai achar que é porque se juntou com quem antes
criticava. Se o Aécio ganhar, é a mesma coisa.
A ex-senadora disse ainda que propostas vazias escondidas pelos marqueteiros de campanha não convencerão os eleitores.
— Não adianta fazer filme bonitinho dizendo que está tudo azul, tudo
cor-de-rosa, quando a inflação ameaça corroer os salários dos
trabalhadores e o baixo crescimento é uma ameaça ao emprego.
Sobrou até para o perfil de gerente que Dilma preserva. Segundo Marina, quando um governante não tem visão estratégica, "não gerencia nem a si mesmo".
— Itamar, Lula e FHC não eram gerentes, mas eram homens com visão
estratégica. É por isso que equilibraram a economia e reduziram a
inflação. Quando não se tem, não se gerencia nem a si mesmo.
Marina encerrou repetindo uma frase muitas vezes dita por Eduardo Campos, de que Dilma será a primeira presidente a entregar o País pior do que quando recebeu.
Com base nas pesquisas de intenção de voto que lhe são amplamente
favoráveis, a cerca de 40 dias do primeiro turno da eleição, a
ex-senadora já escolheu seu principal alvo.
Foto: interne
Matéria:R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário